quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Performance Artes Visuais

           Depois de uma aula sobre ocupação do espaço com o corpo, realizamos um exercício de performance, no campus III da UNIFESSPA.

Mais afinal o que é performance?

           Bem, eu compreendi que a performance pode ser  uma representação, ato-ação, ou qualquer ato pensado que seja realizado com o propósito de uma critica ou ponto de vista expressivo do(s) performistas. A performance segue um roteiro com as ações que seram desenvolvidas afim de que se faça entender a mensagem que deseja passar sendo claro ou não para quem vê. Esse roteiro está associado a uma ideia central que a performance quer passar. no nosso caso em específico uma Crítica como o Curso de Artes Visuais é visto, bem como uma maneira de solicitarmos o Laboratório de Artes Visuais.



          Utilizamos três cadeiras em formato de V ou A de cabeça para baixo, para mostrar como o nosso curso, e ao mesmo tempo para que as pessoas passassem entre nós, de forma a interagir com a performance e como estratégia para que pudessem se sentirem incomodadas e com dificuldade de acesso, pois é assim que nos sentimos dentro do curso.
 
          Ficamos paradas como estátuas por cerca de 10 minutos. Fizemos uma performance em frente ao prédio da reitoria, na perspectiva de chamar a atenção do reitor, coordenadores do curso, docentes e discentes, uma vez que é o único espaço que tem a lanchonete onde os acadêmicos se encontram. Mostrando as dificuldades que o curso de Artes Visuais vem enfrentando dentro da universidade, com a falta de um laboratório adequado, onde possam ser realizadas as aulas práticas com dignidade e pelo menos dentro das condições mínimas para o ensino e aprendizagem. pois hoje só temos uma simples cadeira de braço.

           
          De um lado da cadeira está a Hellen Moreira de olhos vedados e sentada como se estivesse escrevendo no caderno em branco com um pincel, pois é assim que somos cegamente vistos, ou deixados do olhar e o único material que temos são cadernos e uma simples folha de papel A4. Do Outro lado a Paula Correia, com a boca amordaçada, segurando um pincel e uma prancheta com folha de papel em branco, pois não adianta falar, simplesmente nossas necessidades são ignoradas, assim falta motivação para os alunos continuarem no curso. O prédio provisório está alugado mais não podemos ocupar o espaço. O que está faltando para transformarmos essa folha em branco, em objeto de arte???? E por fim eu, Patrícia Padilha, com as mãos amarradas e um pincel na boca, onde me coloquei de pé em frente à uma cadeira, mostrando como estamos aprisionados à sala de aula, sem suporte técnico adequado, representando o professor que se vê de mãos atadas e tem que se virar para dinamizar a aula, a cadeira varia, uma dúvida será que estamos aprendendo, será que seremos bons profissionais sem ter prática, será que os alunos não irão desistir, por falta de motivação. SERÁ QUE TEREMOS UM LABORATÓRIO DE DESENHO? Será .....

          Depois deste desabafo, gostaria de dizer que não há uma regra para a criação de uma performance, porém é necessário um planejamento, um estudo do espaço, da ação, da reação das pessoas, do resultado que se espera e foco no objetivo.
         A princípio foi observado o espaço o qual gostaríamos de realizar a perfornance, em seguida focou-se no objetivo, em seguida quais ações seriam desenvolvidas, quais materiais seriam necessários para a execução da mesma. posteriormente traçamos um roteiro da ação, tempo da performance, ensaio e planejamos a captura audio-visual desta ação, que foi desde os bastidores, onde expomos aos outros colegas como seria a ação, e como quais ângulos seriam importantes, bem como o processo de captura de imagem da reação das pessoas.
 
 
 
É fundamental que planejamos nossas ações, para que nada saia do contexto. Essa foi uma experiência muito positiva, pois rompeu as barreiras da vergonha.



quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Ocupação do espaço com o corpo




          Vou começar contrapondo o que aprendemos na escola. Pelas leis da Física segundo o Princípio da Exclusão de Pauli, dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. Mas será que esta lei é sempre valida? Ou será que existe algo que possa ocupar o mesmo lugar no espaço? Isso depende do ponto de vista de cada um e qual espaço estamos nos referindo, Nas artes visuais vários corpos podem ocupar um mesmo espaço, e todo espaço pode ser ocupado, parece loucura, mais vejamos algumas estratégias no processo de apropriação do espaço com o corpo.

Parkour

          É uma forma de interação do indivíduo com o espaço, através da utilização de espaços urbanos, diferente da forma originalmente proposta pela arquitetura e planejamento urbano.
O exercício do Parkourse utiliza através do uso inovador de rampas, muros e escadas, maior agilidade na sua locomoção.


         Por fazer uso de espaços públicos muitos não consideram como arte, mais como pratica de vandalismo, pois não conseguem entender a essência de utilizar o espaço de maneira diferente.



Deriva
          A Deriva deixar o indivíduo afetar-se pelo meio urbano, de forma que as ações do meio interfira ou influencie no emotivo da pessoa, de forma que tragam lembranças do lugar, de acontecimentos de sua infância, de experiências vividas, de familiaridade com o espaço, aguçando as percepções e analisando de que forma, como e porque cada espaço influencia o indivíduo, permitindo que seja ele quem trace seus próprios caminhos e o guie pelo espaço, por isso está relacionado com o pisico-geográfico que esse indivíduo traz consigo.

Flash Mob

          Consiste em uma ação sincronizada, que inicialmente foi planejada, estudada e ensaiada por um número de indivíduos, essas ações acontecem em espaços públicos onde estão passando as pessoas, e esta ação visa surpreender e confundir as pessoas ao redor, ninguém sabe o que esta acontecendo.


          Logo após a ação os participantes rapidamente se dispersam e a população que os observa, fica sem entender nada. É muito engraçado observar a reação das pessoas.


Rolezinho
          
          O rolezinho significa '"dar uma volta", é um movimento que alcançou grande notoriedade devido às grandes polêmicas e discussões no Brasil. O convite é feito através das redes sociais, e esta ação consiste em encontro de jovens, geralmente de classes mais pobres, na sua maioria de periferias, em centros comerciais(shopping center), com o intuito de se encontrarem e se divertirem.


          A polêmica surge devido à alguns fatores: denúncias de crimes realizados pelos "rolezeiros", reações de proibições/expulsões dos participantes pelos shoppings centers, repressão policial, reações discriminatórias por demais usuários do espaço, entre outros.

          Esse movimento é uma forma de mostrar ou denunciar a democracia de apropriação do espaço, segregação social, racismo, cultura de consumo e elitismo, e como se o pobre não pudesse ter direito de visitar e comprar em um shopping. Sou contra o vandalismo, mais a favor da utilização de espaços públicos por todas as classes sociais.

 Flaneur

          É quando um indivíduo caminha pela cidade e espaços que comumente fazem parte do cotidiano das pessoas, porém é um ''explorador urbano'', que detém uma visão detalhista o qual reconhece elementos e lugares inicialmente despercebidos (ou até mesmo desconhecidos), estabelecendo, assim, uma postura crítica perante esse espaço.
 

       Existem outras formas de utilizarmos o corpo ou a expressão corpórea para nos apropriarmos do espaço, para tanto é necessário planejar o objetivo, a ação e quem serão os envolvidos, afim de que possamos alcançar nossos objetivos. # Fica a dica